No Dia do Meio Ambiente Servidores(as) paralisam e entregam cargos de chefia para pressionar o governo federal
5 de Junho de 2024 às 14:53
Os(as) Servidores(as) filiados(as) ao SINTSEP/MS e de todo país dos dois principais órgãos ambientais do país, o Ibama e o ICMbio, aproveitam hoje, dia 05 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente para fazer uma paralisação nacional e entregarem os cargos de chefia para pressionar o governo federal a reestruturar suas carreiras. O movimento já dura seis meses e 497 Fiscais do Ibama de cerca de 700 e 245 Servidores(as) de cerca de 600 do ICMBio já assinaram a carta de pedido de desligamento da Portaria de Fiscalização. Na prática, a medida tira esses(as) Servidores(as) da função de fiscalização que exercem.
O movimento já dura seis meses. Até agora, porém, os(as) Servidores(as) tinham suspendido as atividades de campo, o que tem atrasado diversos licenciamentos de grandes obras no país.
A proposição do governo vem sendo rejeitada pelos(as) Servidores(as) do meio ambiente de todo o Brasil. Entre os principais pontos negativos estão a manutenção e o aprofundamento das disparidades salariais entre os servidores ocupantes de cargos de níveis de escolaridade distintos e a manutenção de diferença salarial significativa da tabela de referência (ANA).
As trabalhadoras e trabalhadores da área ambiental são responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade brasileira, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, subsidiando ações como licenciamento e criação de áreas protegidas federais e de outros entes. Ao todo, cuidam de 336 unidades de conservação. O equivalente a 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas.
Além disso, promovem a educação ambiental em todo o território nacional, coordenam as agendas de bioeconomia, as políticas e esforços de combate às mudanças climáticas, os programas de controle do desmatamento, a proteção de espécies ameaçadas, a promoção do desenvolvimento socioambiental, entre muitas outras atividades.
Atuam na prevenção e no combate a incêndios florestais e à biopirataria, além de promoverem a fiscalização ambiental, inclusive das terras indígenas. Somente na Terra Indígena Yanomami, este trabalho resultou na redução em 77% da área desmatada para a abertura de garimpos no ano de 2023.
Todas essas ações são fundamentais para o apoio e o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais na proteção de seus territórios e para a proteção de todos os biomas brasileiros.
Não tem floresta, não tem caatinga, não tem mangue, não tem Pantanal sem o(o) servidor(a) ambiental valorizado(a)!