SINTSEP/MS realiza assembleia e Servidores(as) do IBAMA-MS deliberam por greve indicativo de greve dia 1º de julho
25 de Junho de 2024 às 10:59
O SINTSEP/MS realizou no dia 24 de junho, Assembleia Geral Extraordinária com os(as) Servidores(as) do IBAMA-MS que deliberam por indicativo de greve a partir do 1º de julho.
“O Pantanal está em chamas, não temos a quantiddae de servidores(as) para atender todas as demandas, e ainda sem a valorização que merecemos. Reivindicamos reajuste salarial, a reestruturação de suas carreiras e o aumento do quantitativo de funcionários”, enfatiza Diretor do SINTSEP/MS, Vicente Mota de S. Lima.
Os(as) servidores(as) da área ambiental já estavam com atividades de fiscalização e licenciamento, e outras operações de campo, suspensas desde janeiro, mas a greve deve estender a paralisação para todas as áreas, inclusive os serviços administrativos.
Ao todo, servidores de 17 estados e do Distrito Federal aderiram a mobilização. As paralisações por tempo indeterminado começam no dia 24 de junho e 1° de julho, conforme decisão aprovada em assembleias estaduais.
Um comunicado conjunto da Condsef/Fenadsef e Ascema Nacional foi encaminhado para a ministra Marina Silva, além dos presidentes do Ibama e Instituto Chico Mendes (ICMBio) e o diretor-geral do Serviço Florestal Brasileiro.
Entenda
A primeira proposta de reestruturação da carreira foi apresentada pelo MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos) em outubro do ano passado, mas a primeira reunião com a pasta ocorreu apenas em 1º de fevereiro. As negociações esbarraram na última contraproposta apresentada pelo governo federal, em abril, encerrando os prazos para negociação.
Entre os impactos da paralisação parcial de seis meses, Ascema Nacional, aponta redução de 80% as operações de fiscalização de proteção da Amazônia, que depende de viagens de servidores, que não estão indo à campo. Já nas outras regiões do país a paralisação derrubou 60% das operações. O andamento das obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) que dependem de licenciamento ambiental, e o aumento de incêndios florestais também são consequências apontadas.
Os(as) servidores(as) lutam pela retomada da mesa específica de negociação depois que o MGI fechou novas possibilidades da apresentação de contraproposta por parte dos servidores. A categoria cuida de 336 unidades de conservação, ou seja, de mais de 1,7 milhões de quilômetros quadrados de áreas protegidas, patrimônio do povo brasileiro.
Também são os responsáveis pelo monitoramento da biodiversidade, pela elaboração e coordenação de políticas públicas e pesquisas ambientais, subsidiando ações como licenciamento e criação de áreas protegidas federais, entre outras ações.
Um dos eixos centrais que os servidores da Área Ambiental reivindicam é a equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA).