Educação ambiental é destaque na 1ª Conferência Internacional sobre a Rota Bioceânica
8 de Outubro de 2025 às 08:59

O diretor do Sintsep/MS, Vicente Mota, participou da 1ª Conferência Internacional sobre a Rota Bioceânica, realizada em Corumbá. A conferência reuniu especialistas, acadêmicos e representantes de diversos setores para discutir os impactos sociais, econômicos e ambientais da nova rota que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico.
Durante sua apresentação, Vicente Mota destacou a importância da educação ambiental como política pública fundamental para a proteção do Pantanal, uma das regiões diretamente afetadas pela implantação do corredor bioceânico. Ele lembrou que a educação ambiental é prevista no artigo 225 da Constituição Federal e deve ser tratada de forma transversal, integrando outras áreas como recursos hídricos, resíduos sólidos e planejamento urbano.
Mota também citou a Política Nacional de Educação Ambiental e a Lei nº 6.938/81, que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente, como marcos legais que devem orientar a atuação do poder público diante dos desafios ambientais trazidos pelo novo eixo logístico. “A educação ambiental é essencial para conscientizar a população e os gestores sobre a necessidade de preservar o meio ambiente frente às transformações que a rota vai provocar”, afirmou.
O diretor do Sintsep/MS alertou ainda para os possíveis impactos que o projeto pode gerar na infraestrutura e na dinâmica regional, como o aumento do fluxo de caminhões, a necessidade de duplicação de rodovias, instalação de aduanas e até a modernização de ferrovias. “A Rota Bioceânica vai facilitar o escoamento da produção brasileira para o Pacífico e a chegada de produtos estrangeiros, mas isso pode trazer consequências sérias ao meio ambiente se não houver planejamento e mitigação”, ressaltou.
Ao final, Mota defendeu que o desenvolvimento da Rota Bioceânica precisa ser acompanhado por políticas públicas sólidas e sustentáveis. “O crescimento econômico não pode vir à custa do desequilíbrio ambiental. A educação ambiental deve ser uma prioridade para garantir que essa integração internacional ocorra de forma responsável e com participação da sociedade”, concluiu.