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Condsef integra mesa de audiência pública no Senado sobre violência contra a mulher

27 de Novembro de 2015 às 07:48

A diretora da Secretaria de Gênero, Raça, Etnias e Contra Opressões da Condsef, Erilza Galvão, participou nesta quarta-feira, 25, de audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal que debateu a violência contra a mulher. O dia 25 de novembro marca o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. Em sua intervenção, a diretora da Condsef abordou a violência contra a mulher no serviço público e destacou a importância de se incorporar a perspectiva de gênero nas ações do governo em todas as esferas. Ações precisam ser constantemente pensadas e executadas para assegurar a redução das desigualdades entre homens e mulheres.

Nesse cenário já se pode perceber evoluções importantes e reações necessárias por parte das mulheres. A diretora da Condsef mencionou a necessidade e compromisso de uma marcha constante pelo fim da violência até que todas as mulheres sejam livres. Campanhas recentes que chamaram atenção nas redes sociais com as hashtags #meuprimeiroassédio e #meuamigosecreto expõem o quanto milhões de mulheres brasileiras sofrem física e/ou psicologicamente as violências de uma sociedade predominantemente machista. Ao dividir histórias de assédios diversos sofridos, centenas de mulheres têm descortinado um problema frequente e que segue se repetindo das mais variadas maneiras, desde as mais evidentes e brutais que deixam marcas físicas, até violências difíceis de serem identificadas. Falar sobre o problema, compartilhar, convocar à reflexão, são formas eficientes de combatê-lo.

Na audiência, Erilza citou ainda os vários relatos de violência sexista e dos sentimentos das mulheres frente a essa violência recebidos pela Condsef. Há cerca de um ano a entidade, via sua secretaria de Gêneros, Raças, Etnias e Contra Opressões, promoveu uma enquete com servidoras públicas que participaram de uma plenária nacional da entidade para conhecer um pouco mais da percepção de sua base de mulheres. Duas questões foram dadas, se a mulher já havia sofrido alguma ação de violência e qual seria seu maior medo. De 69 formulários respondidos, 28 admitiram já ter sofrido algum tipo de violência. Onze deixaram essa questão em branco. Entre os maiores medos relatados chama atenção medos como a impunidade, a falta de amor e de humanidade.

A diretora da Condsef destacou a importância deste debate para que se levantem questões, preocupações e situações referentes à violência sexista. O importante é que debates dessa natureza sirvam para nortear políticas de Estado capazes de impedir a violência sexista. Foi destacada ainda a importância de atividades como a Marcha Nacional de Mulheres Negras que, apesar de episódios de violência e discriminação, deu visibilidade à pauta de luta das mulheres mostrando também ações preocupantes de segmentos conservadores e preconceituosos que insistem em impor um retrocesso num mundo que almeja ser livre do ódio, onde a maioria segue disposta a viver em paz e com dignidade que todos merecemos.

Fonte Condesef

 

 

 

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